"Libras- quem não sabe aprende ao vivo".
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A minha história na área
da surdez começou no ambiente religioso, alguns surdos começaram a frequentar
os cultos em 2003, como eu havia tido experiência da inclusão de surdos e
ouvintes em 2000 cursando informática, e apenas sorrindo e tentando ajudar, e com
alguns sinais que uma colega ensinou. O jeito foi aceitar o desafio com a cara,
coragem e as mãos e expressões faciais e corporais. Por isso,"Libras- quem não sabe aprende ao vivo", meu aprendizado era durante os cultos, os louvores eram ensaiados, mas a fala da liderança?! Com essa "metodologia", aprender é preciso.
A
língua de sinais requer não somente os sinais feitos com as mãos, mas a
expressividade facial e corporal. No início foi difícil, sempre fui muito
tímida e reservada, mas os surdos são dedicados e dispostos a ensinar sua
língua. Depois de dois anos, por incentivo deles, a maioria do período oralista (sem acompanhamento de intérpretes, mesmo porque na época Libras era proibida), em 2005 realizei a primeira
tentativa para o certificado de intérprete para poder realizar a do processo
seletivo simplificado para atuar como intérprete, nomenclatura que
não costumava usar, por acarretar muita responsabilidade dizia
apenas que sabia um pouco de sinais, mas que não era intérprete. Afinal, a
inclusão desses profissionais ainda estava engatinhando e as que já atuavam sofriam
de certa forma muitas críticas, por representar um vigia do professor regente
em sala de aula. O teste realizado em Curitiba/PR era para ganhar um curso de
capacitação em Libras, infelizmente não passei, mas dois meses depois fiz outro
teste na Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos-FENEIS/PR e
passei. Com o termo de apto para apoio
pedagógico no acompanhamento de surdos em sala de aula. Selecionada também no
PSS-SEED/PR, iniciei em 2006 num colégio estadual em Castro com alunos inclusos
na 6ª e 7ª séries, em 2007 veio a Capacitação Tradutores/Intérpretes ofertado pela SEED/PR e
logo em seguida o PROLIBRAS-2007/ UFSC por Curitiba onde fui aprovada para Tradução e Interpretação da Libras/Língua Portuguesa/Libras.
Permaneço até hoje trabalhando na cidade de Castro/PR onde acompanho os alunos até a formação no médio e/ou técnico. Atualmente estou no segundo ano do ensino médio com duas alunas inclusas. Além de continuar na liderança fazem 10 anos do Ministérios de Surdos da Igreja que congrego há 13 anos.
Permaneço até hoje trabalhando na cidade de Castro/PR onde acompanho os alunos até a formação no médio e/ou técnico. Atualmente estou no segundo ano do ensino médio com duas alunas inclusas. Além de continuar na liderança fazem 10 anos do Ministérios de Surdos da Igreja que congrego há 13 anos.
Por Cristiane R da Rocha.
Legislação da Libras
²
No
Paraná a Lei Estadual nº 12. 095, de 11 de
março de 1998 reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem
gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação
objetiva.
No âmbito nacional, o Decreto Lei nº 10.436 que regulamenta a Libras e reconhece como meio legal de
comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros
recursos de expressão a ela associados foi em 24 de abril de 2002,
assinado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. E em dezembro de 2005 o Decreto Lei nº 5.626 que regulamenta a Lei nº 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras, e o artigo 18 da Lei
10.098 de 19 dezembro de 2000, assinada então pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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